Olá! Me chamo Ana Flávia Barros, sou estudante do 8º período de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e amo o que faço. Também sou temporariamente estagiária da assessoria de comunicação do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe).
Nasci na capital pernambucana, mas morei, desde que nasci até entrar na universidade – aos 17 anos -, em Palmares, município localizado na Zona da Mata Sul do estado. Minha família toda é de lá, assim como meu coração. Vir para Recife, em 2015, foi o maior desafio da minha vida. Sair da casa dos meus pais, abandonar minha cidade pequena e enfrentar os desafios da ‘vida adulta’ não foi fácil. Foram muitas lágrimas, noites sem dormir e pensamentos incessantes de que não ia conseguir. Tudo isso para realizar um sonho que era cursar jornalismo. E não é que esse sonho virou realidade?
Hoje, sou muito feliz em ter escolhido um curso que me encanta e me conduz a seguir o que sempre quis na vida: transformar o mundo em um lugar melhor para todos. Aprendi isso com meu pai, o professor Flávio de Miranda Oliveira, que, assim como crê que a educação transforma o mundo, também crê que posso ser um agente transformador nessa sociedade tão discriminatória.
Escolhi falar sobre barragens por ser um tema muito importante e sentimental pra mim. Em 2010, 2011 e 2017, eu, minha família e amigos fomos atingidos por enchentes em Palmares. Na primeira, perdemos praticamente tudo comprado e adquirido com muito suor. E a reconstrução não é fácil. Até hoje, não temos metade do que tínhamos antes desses desastres acontecerem. A calmaria surgiu quando o Governo do Estado planejou o “cinturão de barragens”, como foi citado em abas anteriores, e anunciou a construção de cinco obras para conter enchentes. O que é bom para alguns, que se previnem de enchentes, não é bom para todos. Se você leu a aba ‘Serro Azul’, vai entender. A barragem, única entregue após todos esses anos, acalma o coração de alguns moradores e desespera aqueles que moram no distrito de Serro Azul, em Palmares. Isso porque o Governo só pensou no empreendimento, mas não em que habita por lá. Infelizmente essa é uma realidade constante no nosso país e, espero que com esse trabalho, muitas outras pessoas conheçam sobre esse cenário e ajude a construir um mundo melhor para todos nós!
A experiência foi muito enriquecedora e sou muito grata a todos os entrevistados que colaboraram para o nascimento de ‘Na sombra das barragens‘. Espero que você se emocione tanto quanto eu com a história e a luta desses moradores que, com muita humildade, seguem suas vidas, apesar das dificuldades impostas no dia-a-dia e o abandono por parte do poder público.
Agradecimentos
Agradeço a Deus por ter tido a oportunidade de estudar nessa instituição de ensino e por proporcionar aos meus pais as condições de me manterem aqui na “capitá”. Ao meu anjo da guarda, meu avô, José Soares Pereira, que foi para o lado do Pai desde julho de 2018, e que sonhou, junto comigo, em me ver jornalista.
À minha mãe, Gerusa Maria Barros Oliveira, que fez o possível e o impossível para se manter presente, apesar da distância, que foi meu ombro amigo nas noites incessantes de choros e ajudou a amenizar essa saudade que nunca passa. Ao meu pai, Flávio, que é a minha maior inspiração de profissional, sempre fazendo tudo para me ajudar, assim como a todos ao seu redor. Minha avó, Zélia Maria de Barros Pereira, que é o melhor presente que já pude ter nessa vida. E, claro, aos meus irmãos, Flávio Manoel Barros Oliveira e Tuquinha, pela presença nos momentos difíceis.
Ao meu namorado, Albérico Oliveira, pela parceria e presença em todos os momentos nesses últimos três anos. Obrigada pela paciência diante de todos aperreios e estresses, sempre me ajudando a lidar com os meus ‘monstros’. Sou grata, também, à sua família – Edva, Eliane e Edilisse – que me acolheram e me apoiaram com muito carinho diante de todas as minhas decisões.
Mário Quitanda disse que “a amizade é um amor que nunca morre”. E que bom que, há quase 15 anos, continuo com a presença de Dennyse e Maynara Santos, irmãs que Deus me deu. Sempre estiveram por perto nesses quatro anos turbulentos, me ajudando a lidar com todas as dificuldades, com muita amizade, carinho e amor.
E, desde que cheguei aqui no Recife, muita coisa boa apareceu no meu caminho. À Duda Almeida, Álvaro Vilarim, Maria Eduarda Bravo e Manuella Correia, agradeço por terem sido não só colegas de classe, mas amigos pra toda a vida. Cuidaram de mim presencialmente e na distância, participaram de momentos únicos, perdas e alegrias, e sou muito grata por isso.
Na sombra das Barragens só foi possível porque teve essa pessoa que acreditou muito em mim e no meu trabalho, sempre me encorajando a seguir em frente. À Carolina Monteiro, minha orientadora, meu muito obrigada! Sem o seu apoio, eu não estaria aqui!
Por fim, sou grata a todos os familiares e amigos que fizeram parte da minha vida, me apoiando e auxiliando a ser cada dia uma pessoa melhor!
