B-Army
Uma comunidade de fãs

No dia 09 de julho de 2013 a palavra A.R.M.Y passou a ter um significado especial para sete novos artistas, quando assim eles decidiram chamar seus fãs. Traduzida do inglês a palavra quer dizer “exército”, o que de certa forma somos, mas a palavra também é sigla para Adorable Representative M.C. for Youth (traduzido como Adorável Representante M.C da Juventude). Naquela época ninguém tinha noção de que o fandom de um grupo de K-pop – que não integrava as três maiores empresas, as chamadas Big 3, do cenário musical sul-coreano da época – seria um dos mais conhecidos e importantes, quando se trata da cultura pop na atualidade. E aqui estamos nós.
O Army está em todo lugar, mas sobretudo nas redes sociais. No TikTok e no Twitter você pode encontrar pessoas do fandom rapidamente, apenas pesquisando uma palavra-chave. A conta pessoal do BTS no Twitter contabiliza 44,4 milhões de armys, isso porque eles fizeram recentemente suas contas no Instagram e o número de seguidores que alcançaram em menos de 24 horas não foi pouco, foi de mais de 10 milhões para cada integrante!
Entrou no fandom há pouco tempo e não sabe por onde começar? Se interessou e quer saber mais sobre? Com um clique nos ícones da foto abaixo você encontra algumas indicações de perfis com conteúdos para quem busca entender mais.
O universo do K-Pop
O K-pop surgiu na Coreia do Sul no final da década de 1980, quando um movimento de valorizar mais a cultura local ganhou força. A iniciativa foi bem-sucedida graças ao soft power, conceito criado pelo cientista político norte-americano Joseph Nye, que foi aplicado como estratégia pelo governo sul-coreano em busca de introduzir de forma sutil os aspectos ideológicos e culturais do país.
Com o sucesso do gênero musical se espalhando pelo leste asiático no início da década de 90, surgiram no k-pop três empresas, conhecidas como Big 3, que foram responsáveis pela difusão da cultura musical sul-coreana: SM Entertainment, YG Entertainment e JYP Entertainment. A partir delas, mais empresas e grupos foram sendo criados com o intuito de agenciar cantores e dançarinos, a fim de torná-los futuros ‘idols’, assim como aconteceu nos Estados Unidos ao adotar o star system.
No Brasil, as redes sociais foram de suma importância para a difusão do K-pop, que começou a atrair os fãs brasileiros entre 2008 e 2012. Mas a popularização do K-pop no país começou de fato em 2011, quando grupos vieram se apresentar em algumas capitais. Nesse período houve o boom do gênero, com o hit Gangnam Style, do cantor PSY.
O universo do K-pop é dividido em gerações, que correspondem ao ano em que determinado grupo foi lançado na indústria musical. A primeira geração é representada pelo grupos Seo Taiji & Boys, H.O.T e g.o.d; Já a 2º geração se inicia em meados de 2003, com o ressurgimento de grupos como TVXQ, BoA, SS501, Super Junior, Wonder Girls, Girls Generation e SHINee, após um declínio na popularidade do gênero musical causado pela crise econômica que se instalou na Ásia no final da década de 1990. A aparição desses artistas só veio acontecer após a exportação do K-pop ter sido priorizada, pois o governo sul-coreano percebeu um aumento na economia que transformou a categoria em sinônimo de investimento e inovação.
Em 2011 se inicia a terceira geração com o sucesso de PSY, e é representada por BTS, EXO, Twice, Red Velvet, SEVENTEEN, MAMAMOO, GOT7, BLACKPINK. entre outros. Neste início da década de 2020, estamos na 4º geração, que compreende grupos como TXT, ITZY, Stray Kids, ATEEZ, THE BOYZ, aespa, LOONA e ENHYPEN.