O SER CRIANÇA EM TRÊS GERAÇÕES DIFERENTES

Como as vivências culturais mudam ao longo do tempo

 

Por Raissa Araújo Moura

ANOS 1990

TV em casa, esconde-esconde na rua e bate-papo online

A morte do piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna, o tetracampeonato do Brasil, a queda do avião e a consequente morte dos integrantes do grupo Mamonas Assassinas ocorreram nos anos 1990. Certamente, todos esses acontecimentos são recordados pelos brasileiros que viveram a década. Quem cultiva memórias queridas dessa época é a potiguar de 30 anos, Cibelle Macedo, formada em marketing e publicidade e propaganda, e moradora do Recife há dois anos.

“Mamonas Assassinas foi uma banda que marcou muito minha infância. Lembro de cantar e dançar todas as músicas e sofrer bastante com a partida precoce deles. Eu também amava escutar Sandy & Júnior. Para dançar, colocava sempre É o Tchan!. Pra mim, é difícil imaginar uma criança dos anos 1990 que não quis ser a loira ou a morena do Tchan”, relembra. Cibelle se refere ao concurso aberto no programa Domingão do Faustão, no qual as dançarinas morena e loira foram escolhidas para integrarem o grupo de pagode e axé baiano.

Assista a um vídeo com o hit Pau que nasce torto/Melô do Tchan:

Capas de CDs do grupo É o Tchan. O CD É o Tchan do Brasil vendeu mais de 2 milhões de cópias no Brasil e recebeu disco de diamante duplo (Foto: Reprodução/ Garciarama.blogspot)
Os programas televisivos marcam diferentes gerações. Apesar de se descrever como uma criança bem elétrica, que gostava de interação social, Cibelle conta que assistia à televisão sempre antes de dormir e pela manhã. “Eu adorava Bambuluá, Chiquititas, TV Colosso, Carrossel e Xuxa”, enumera a publicitária. Todos esses programas eram transmitidos na TV aberta, e somente nos anos 2000 a TV por assinatura passou a fazer parte da vida dela.
O TV Colosso foi um programa para crianças, protagonizado por bonecos, em que quadros e desenhos animados eram exibidos. O primeiro episódio foi exibido em 1993, transmitido pela TV Globo (Foto: Reprodução/Portal Maloca)
E se essa era a programação de quando ela estava em casa, quando estava com os amigos na rua havia sempre muita brincadeira. “Morava numa rua com muitas crianças. Por isso, entrava em casa somente depois das 22h, com minha mãe gritando da porta de casa que estava na hora. Brincávamos juntos, meninas e meninos, de futebol, queimada, esconde-esconde, tica-trepa, tica-ajuda. Brincávamos de colher frutas pelo bairro e vender, fazer peças de teatro para os vizinhos, tocar a campainha e correr, guerra de lama, tomar banho de lama e tantas outras brincadeiras de uma criança serelepe.” Ao viajar para visitar seus avós no Pará, a diversão na praia era ser enterrada na areia.

Essas brincadeiras fizeram parte também da infância do publicitário Simão de Farias, de 27 anos. Ele lembra a cumplicidade que havia entre os vizinhos de Maranguape 2, em Paulista, Região Metropolitana do Recife, que possibilitava às crianças se divertirem na rua. “As brincadeiras de rua eram as mais legais, como barra-bandeira, pega-pega, pique-esconde, queimado, dono da rua, polícia e ladrão, elefante colorido, pular corda, pular elástico. Sempre com muitas crianças reunidas, sem camisa, sol quente, pés descalços e muita alegria e inocência.”

Embora as crianças brincassem em equipe, sobrava tempo para que também cultivassem suas brincadeiras solo. Assim como as crianças de hoje, Cibelle gostava de usar o computador para se divertir. “Na minha casa tinham dois. Antes dos meus 10 anos, eu costumava jogar Mario, Doom e Wolfenstein 3D. Por volta dos nove, eu já acessava também o site do Uol e as salas de bate-papo”, conta a potiguar.

Todo mês de julho, nas férias escolares, Cibelle Macedo ia ao Pará, onde seus avós maternos moravam, e à Praia do Conde. Nesta foto, de 1995, ela tinha 5 anos (Foto: Arquivo pessoal)

Simão diz que desde os 8 anos costumava utilizar o computador, na escola ou na casa da avó, mas que somente aos 15 passou a navegar na internet. “Em lan house ou na casa de parentes que possuíam a rede discada. Nessa fase, eu entrava em sites religiosos infantis, de jogos, realizava pesquisas de trabalho e, depois de um tempo, comecei a usar para entrar em bate-papo e conhecer novas pessoas”, sintetiza. 

O publicitário, claro, gostava de brincar com seus brinquedos físicos. “Eu tinha um trenzinho com que eu gostava muito de brincar, um super ônibus onde eu transportava todos os meus bonecos e alguns brinquedos que tenho até hoje e guardo com muito carinho, a maioria presentes que eu recebia nos meus aniversários”, destaca.

Alguns dos brinquedos que o publicitário Simão de Farias guarda com carinho (Foto: Arquivo pessoal)
Assim como Simão, Cibelle também tinha alguns brinquedos com que adorava brincar, como um microfone que não largava quando era menor. “Era apaixonada por esse microfone. Ganhei aos 2 anos e minha mãe disse que eu brincava com ele até os 8. Quando eu era menor, era a Xuxa que eu cantava. Quando fui crescendo, aí era Sandy e Júnior.”
O jogo Doom, que existe até hoje com novas versões, consiste em matar demônios. A versão de 2020 chamada Doom Eternals dobrou a receita de Doom 2016, no fim de semana de abertura, de acordo com a Bethesda, braço de publicação norte-americano de jogos eletrônicos (Foto: Reprodução/Site UOL)
O microfone responsável pelos shows infantis de Cibelle (Foto: Arquivo pessoal)

E se toda época tem brinquedos que estão em alta, incentivando o consumo e a rotatividade do mercado, nos anos 1990 não era diferente. Entretanto, para Simão e seu irmão, eles quase nunca foram realidade, porque seus pais não tinham condições de comprá-los. “Lembro que na TV existia um apelo muito grande de propaganda de brinquedos infantis, mas não me lembro de ter tanta vontade de tê-los ou de externar isso para os meus pais. Até porque eu sabia que os momentos de ganhar brinquedos eram aniversário e Natal, e apenas esses.”

Simão em um dos seus Natais, com o Papai Noel (Foto: Arquivo pessoal)

Falando em aniversário, a trilha sonora das festas da infância de Simão incluíam sucessos de É o Tchan!, grupo que se manteve de 1993 até 2005, voltando à ativa desde 2011, contudo sem a repercussão de antes. “As músicas do grupo tocavam nas festas de casa, nos eventos da escola. Dançava com meus coleguinhas e sabia as coreografias. Foi uma febre que tomou conta da televisão e dos filmes, porque encontramos tanto as músicas como os integrantes desses grupos em produções audiovisuais e em programas de auditório daquela época.”

Outra febre dos anos 1990 foram os programas de auditório para crianças liderados por mulheres, e não é por acaso que Simão cita carinhosamente algumas delas. “As apresentadoras-cantoras foram muito importantes para minha infância: Xuxa, Eliana e Angélica sempre estiveram na minha trilha sonora e nenhum dos seus hits me passava despercebido”, destaca.

Nos anos 90 e 2000, o Discman era a grande tecnologia que permitia a escuta de músicas de forma portátil. Simão era uma dessas pessoas que utilizavam o aparelho como meio de reprodução das músicas. Confira um pouco da história desse dispositivo.

Depois do Discman, outros equipamentos que possibilitavam o usuário a ouvir música de forma transportável surgiram. Veja sobre essas novas formas de consumir música aqui.

Além das músicas, Simão também gostava de acompanhar os filmes das apresentadoras, entre outros programas. “Eu assistia de tudo. Alguns dos meus favoritos: Chiquititas, Bom dia e Cia, Xuxa Parque, Eliana & Cia, Eliana & Alegria, Eliana no Parque, Bambuluá, Malhação, Sandy & Junior, Era uma vez, Alegrifes e Rabujos, Bananas de Pijama, Ursinhos Carinhosos, O Fantástico Mundo de Bobby”, exemplifica.

Confira um episódio de Bananas de Pijamas. A série também está disponível na plataforma de streaming Amazon Prime.

Simão, ao centro, em um de seus aniversários com tema Bananas de Pijamas, série exibida pelo SBT e Nickelodeon, entre os anos de 1997 e 2000 (Foto: Arquivo pessoal)

ANOS 2000

Fim do VHS, boom do DVD

A apresentadora Xuxa Meneghel, cultuada como a Rainha dos Baixinhos, esteve na programação global destinada à infância por quase três décadas. Por isso, também está nas memórias de infância da estudante de arquitetura Lívia Moura, nascida em 1999.

“Eu cresci ouvindo Xuxa, fui para um show dela. Eu lembro de alguns momentos, como eu entrando e recebendo algo que piscava, lá no Centro de Convenções.” A estudante também cita outros sons presentes na sua meninice. “Eu ouvia Balão Mágico, Palavra Cantada e as músicas dos filmes da Disney. Isso me marcou, porque ouvia muito quando era criança e quando escuto hoje lembra a minha infância”, comenta.

A forma de Lívia ter acesso a esses filmes era por meio das fitas VHS (Sistema Doméstico de Vídeo, em português) ou através da TV por assinatura, implementada no Brasil em 1989 e popularizada no fim do século 20 e início do século 21. “Eu assistia muito [aos canais] Disney, Nickelodeon, Cartoon Network e Discovery Kids. Da TV aberta, eu via TV Futura, porque passava desenho animado, mas eu via muito pouco a Globo”, lista. A estudante tinha costume de assistir na TV, no horário da tarde, o programa Zapping Zone, do Disney Channel. “Eu assistia a Hannah Montana, Sunny entre Estrelas, Zack e Cody: gêmeos em ação e Zack e Cody: gêmeos a bordo, Manual de sobrevivência escolar do Ned.” De acordo com a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), de 1994 a 2000 houve o crescimento de 750% de assinantes.

Assim como Lívia, as crianças dessa geração viveram uma migração importante de mídias nesse contexto de consumo de produtos em home vídeo: o declínio do VHS e a ascensão do DVD (Digital Video Disc), criado em 1997, que cresceu no Brasil depois de 2002 devido à desvalorização do real. O DVD trouxe a melhoria na qualidade das imagens e a facilidade de armazenamento físico dos discos, por serem menores que as fitas VHS. Entretanto, o valor cobrado pelo novo aparelho, recém chegado ao Brasil, em 1998, era de 1.000 dólares, o equivalente a 1.800 reais. Somente um ano depois, o preço caiu pela metade e foi possível o aumento da quantidade de pessoas aderindo ao lançamento. Ainda assim, para alguns, era caro.

Lívia lembra desse período de mudança e conta que a praticidade a fez gostar do novo lançamento. “Eu lembro bem dessa época. Acabei perdendo todos [os filmes em VHS] porque a gente não conseguiu converter para DVD. Eu senti uma diferença [entre as tecnologias], porque tive que comprar um aparelho novo e não precisava rebobinar a fita com o DVD. Foi melhor”, recorda.

Coleção de fitas VHS de filmes infantis em alta, antes da popularização do DVD (Foto: Arquivo pessoal)

Quem viveu essa transição, mas não se lembra do antigo equipamento, é Luiza Oliveira, 20 anos, estudante de ciência política. “Peguei muito pouco, não me identifico com essa época. Só a do DVD.” Os produtos audiovisuais que ela costumava consumir eram filmes. “Assistia a filmes da Disney, filmes que eu nem sabia o nome. Um filme que era moda na época, que fez parte da minha infância, foi As Branquelas”, lembra.

Cena do filme As Branquelas, o preferido de Luiza Oliveira (Foto: Reprodução/Desequalizando)

Além de se entreter com filmes, Luiza costumava usar seu tempo livre para mexer no computador, hábito presente desde os 5 anos. “Eu acessava o computador aqui em casa. Se eu fosse para a casa de algum amigo que tivesse, também costumava jogar, principalmente O Jogos, Clube do Iguinho. Quando eu fiz de sete para oito anos, criei uma conta no Orkut. Eu viciei completamente. Eu jogava também o Habbo. Então, entre oito e 13 anos, era só o Habbo e Orkut que eu olhava”, conta.

Luiza diz que sempre gostou mais das brincadeiras do “mundo online” que as do real. “Eu nunca gostei muito de brincadeira, de correr, de pular corda, eu sempre achava um desperdício de tempo, porque eu ficava cansada. Às vezes eu brincava de pega, de polícia e ladrão, quando tinha muita gente. Preferia, realmente, a internet”, compara a estudante de ciência política.

Luiza aos seis anos já era íntima da tecnologia e da internet (Foto: Arquivo pessoal)
Diferente de Luiza Oliveira, Lívia Moura costumava brincar com vizinhos do prédio onde morava na Iputinga. Além disso, gostava das brincadeiras tradicionais de boneca. “Eu tinha Barbie, Polly, gostava muito de boneca.”

A boneca Barbie, lançada em 1959, teve sua primeira exemplar reproduzida 340 mil vezes. Em 2019, nos 60 anos da boneca, a média de venda era de 100 bonecas por minuto, no mundo inteiro. “Eu também tinha uns brinquedos assim: fogãozinho com pia, uns bloquinhos de madeira que você sai empilhando como se fosse um prédio. O brinquedo da moda eu lembro que tinha aquela Baby Alive que chorava, era super cara. Eu queria muito uma, mas minha mãe nunca me deu, nem meu pai, porque era muito cara”, completa Lívia.

Os blocos de madeira incentivam a criatividade das crianças,
abrindo a possibilidade de diversos tipos de construção
(Foto: Reprodução/Magazine Luiza)

NA MODINHA

Assim como as brincadeiras, as músicas, os programas de televisão, a cultura e a moda mudam sempre. Por isso, atualmente, é muito comum ver-se um “tracinho na sobrancelha”, ou um sidecut, que é um lado do cabelo raspado. Mas, quais foram os itens de moda que fizeram a cabeça das crianças nas infâncias de Cibelle, Simão, Luiza e Lívia?

Embora Cibelle afirme não ter seguido nenhuma moda, Simão contou que, quando menino, existiam muitas delas. “Lembro das papetes do Seninha. Eu amava ele e queria muito ter uma, porque vinha com um relógio e era muito modinha. Lembro das munhequeiras, usei bastante. Os conjuntinhos combinando sempre fizeram parte do meu guarda-roupa e eu gostava muito de macacão, que estava em alta na época, sem falar nas meias cano alto e coloridas no pé”, relembrou.

Luiza conta que as modas emo e rockeira fizeram parte da sua juventude, mas não tem fotos com as roupas que vestia.

Lívia também diz ter curtido várias tendências que faziam sucesso no momento, como presilhas e botas. “Eu lembro muito que usava aquelas presilhinhas com uma mecha falsa colorida. Usava calça legging com saia jeans por cima, que era super estiloso. Tinha bota de plataforma e aquelas faixinhas de telinhas brilhosas”, expõe.

Simão, ao centro, bem pequenino, com seu macacão preferido em um culto infantil (Foto: Arquivo pessoal)

Lívia com suas mechas loiras falsas (1), de meia colorida e uma sandália de plástico muito vendida na época (2) e conjuntinho com duas xuxinhas no cabelo (3) (Fotos: Arquivo pessoal)

2020

Acesso à vida online cada vez mais cedo

Nesta década de 2020, muita coisa mudou. Para Luíza, o contato desde cedo com a tecnologia é também uma resposta ao que a sociedade impõe para todos, independentemente da idade.

Já para Cibelle, Simão e Lívia, a principal mudança de hoje para 20 anos atrás é a falta de troca com outras crianças, fisicamente falando. Quase não dá pra sair para brincar e se vive o uso excessivo da tecnologia. Prova disso é que as crianças estão ganhando seus celulares cada vez mais cedo: enquanto Cibelle e Simão ganharam seus primeiros celulares com mais de 10 anos, e Lívia aos 9 anos, Luíza, de 20 anos, e Pedro Lopes, de 9 anos, ganharam seus primeiros aparelhos aos 7 anos.

Mas Pedro contradiz o senso comum sobre os hábitos de lazer da nova geração. “Eu gosto de jogar bola e brincar em casa com meus brinquedos”, conta o menino, mostrando que é possível conciliar a vida online com a vida offline, tal como as crianças de gerações passadas.

Assim como Pedro, as gêmeas Helena e Laura Baroni, de 6 anos, conciliam brincadeiras de plataformas diferentes. “Gosto de brincar de boneca, de vídeo game. O que eu mais gosto de brincar… Eu gosto de brincar de bola, é a minha brincadeira preferida!”, diz Helena. Já sua irmã prefere brincadeiras em equipe: “esconde-esconde, pega-pega, amarelinha, pato ganso. Em casa, gosto de brincar de boneca”, e diz que tem carrinho, Baby Alive e pelúcias.

NATIVOS DIGITAIS

Porém, não é de se espantar que as novas gerações assistam cada vez menos à televisão e passem a focar em redes sociais como TikTok ou YouTube. Pedro é uma delas. Seu ídolo é um dos maiores youtubers do Brasil, tendo até um brinquedo dele entre os seus bonecos. “Sou fã de Luccas Neto, porque ele é engraçado. De brinquedo, eu tenho um Luccas Neto, um Homem Aranha, um Hulk e um Capitão América”, conta o garoto.

Além de brincar na rua com os amigos, ele conta que também adora aproveitar seu tempo para jogar PK XD, um jogo online.

A aptidão para as novas tecnologias pode ser novidade para alguns, mas é, sem dúvida, uma atividade corriqueira para outros. Hoje, crianças instalam seus próprios jogos nos aparelhos que desejam e quem pode confirmar isso é Laura, de 6 anos, que não dispensa o tablet ou o computador para navegar na internet. “Uso pra assistir a vídeos, jogar, para instalar jogos. Gosto de jogar!”, diz, animada.

Assim como a plataforma de vídeos permite acessar diversos conteúdos como jogos, filmes e vídeos, ela permite a disseminação de músicas de vários gêneros. Pedro conta que a sua música favorita no momento é A Tal Canção pra Lua, da banda nacional Skank. Laura diz que o grupo que ela gosta de ouvir, no momento, é o grupo sul-coreano BLACKPINK. Gosto bem diferente do da sua irmã Helena, que tem o funk como gênero musical preferido.

Helena listando seus artistas favoritos

Pedro Henrique com o boneco do youtuber Luccas Neto (Foto: Arquivo pessoal)
O jogo PK XD consiste em o jogador criar o seu próprio mundo virtual, tal como avatar, roupa, aparência, estilo, casa e escolher sua aventura (Foto: Reprodução/Medium)

FIM DA ERA DO DVD?

E se houve um grande sucesso na passagem do VHS para o DVD, hoje em dia, o DVD mal é usado. As gêmeas confirmam esse comportamento quando negam enfaticamente o uso desse tipo de mídia. O lugar de frequentação das meninas são mesmo as plataformas de streaming e as redes sociais de vídeos. Quando questionada qual o seu filme preferido, ela retruca: “No YouTube ou na Netflix? Poliana”.

Veja a abertura da série, que está disponível na plataforma Netflix:

Sua irmã, Helena, traz também a perspectiva das smart TVs, que são aparelhos com acesso à internet e outras redes sociais, que chegaram ao Brasil em 2011. “Como que a gente vai ver TV sem YouTube e Netflix, né? Amo ver TV. O que eu mais gosto de assistir na TV são os filmes de coisas em miniatura, eu acho muito divertido”, comenta, depois de dizer que seu filme preferido é o da boneca amaldiçoada Annabelle.

A telenovela As Aventuras de Poliana é baseada na obra infanto juvenil Pollyana que mostra a vida da jovem em uma nova cidade (Foto: Reprodução/Minas Hoje)