
Mayara Ezequiel e Karoline Gomes
Escrever sobre um sentimento não é uma tarefa fácil e só percebemos isso quando já estávamos com a mão na massa. A escolha pelo tema veio depois de muito debate, pesquisa e da tentativa de unir em um só projeto o mundo de ideia de nós duas. A escolha, então, deixou evidente a nossa identificação com o sentimento Wanderlust e o gosto de falar sobre viagens em geral. Muito nos questionaram sobre a importância da temática, já que o assunto não entrou no hall dos mais discutidos ao longo do curso. Mas, como o próprio nome diz, esse é um projeto experimental e as pessoas que têm esse sentimento fazem parte da engrenagem que é a sociedade. Acreditamos que muitas pessoas se identificam com o tema e a fome de mundo dos nossos personagens.
Durante as apurações para fazer esse especial, um dos obstáculos encontrados foi o de não encontrar fontes diretamente ligadas ao Wanderlust. Afinal, ainda não existem especialistas com foco nesse assunto, inclusive no Brasil. Para tentar dar uma base mais sólida fomos atrás de profissionais da psicologia, sociologia, história e antropologia com o intuito de entender melhor esse desejo de trilhar incansavelmente novos caminhos.
Conhecer os personagens e sentir o entusiasmo quase palpável deles quando falavam das suas conquistas, caminhos percorridos e planos futuros nos deu a certeza de que poder conhecer e compartilhar experiências com essas pessoas fez valer a pena cada esforço em achá-las. E que ao contrário do que muitos pensam, é possível. É possível ir atrás do que se acredita, do que motiva o ser humano de forma individual e muitas vezes inexplicável. O nosso especial é sobre viver de forma intensa e única, não apenas sobreviver.
A tecnologia foi a grande aliada nesse período. Alguns dos nossos famintos estavam literalmente pelo mundo e o contato com eles não foi das coisas mais fáceis a lidar, pelo contrário. E-mails não respondidos, ligações não atendidas e respostas que nunca chegaram, resultaram em noites em claro e a incansável tentativa de permanecer com o tema. O estresse e o desespero bateram, talvez não fosse mais possível continuar com o especial. No fim das contas, a parceira se fez mais forte que os empecilhos que surgiram, uma sempre segurava a mão da outra. E é por isso que essa é uma nota das duas autoras, Karoline e Mayara.
O trabalho mostrou que o respeito, a tolerância e o puxão de orelha fazem parte desse período nublado chamado Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Nosso agradecimento vai principalmente à nossa orientadora Carla Teixeira e ao nosso suporte Flávio Santos, que sempre nos motivaram a ir além do que estava sendo feito.
O período foi de descobertas individuais e conhecimento uma da outra, do que de fato é trabalhar em conjunto. Percebemos que a parceria é uma das coisas mais fortes em todas as esferas da vida. Deu tão certo que escolhemos fazer uma nota só, representando a sintonia e convergência das ideias. Nessa altura do campeonato, os pensamentos se encaixam e soam como uma única melodia.
Agradecemos muito a todos os nossos parentes e amigos que aguentaram os nossos desabafos e angústias e vibraram conosco a cada conquista. Agradecemos a todos que contribuíram direta ou indiretamente para que contar cada uma dessas histórias fosse possível. Que ganhemos o mundo, “sem fastio, com fome de tudo”.