Sem filtro:
o poder
de ser real

Uma pesquisa realizada pela Royal Society for Public Health, em 2019, no Reino Unido, constatou que as redes sociais são mais viciantes que álcool e cigarro. Não por acaso, o Instagram, uma das plataformas mais utilizadas, foi considerado como a rede social que mais adoece pessoas ao redor do mundo. Mas por que esse aplicativo, tido por muitos como um mero passatempo, tem prejudicado de forma tão intensa a vida e a saúde de milhares de pessoas?

Infelizmente, essa descoberta não é algo surpreendente. O que a princípio era um aplicativo inofensivo, onde apenas se compartilhavam fotos e vídeos, se tornou palco de competições ilógicas, onde vale tudo para ver e ser visto, impressionar e ser impressionado. Tudo por um like. Quantas vezes por dia não assistimos vídeos onde a felicidade parece ser protagonista, mas na verdade é inexistente? Quantas publicidades enganosas não consumimos através dos stories de blogueiras que vendem chás milagrosos, quando na verdade seus corpos sarados são méritos de dietas restritivas e cirurgias plásticas pagas pelo algoritmo?

Diante de todas essas informações, muitas vezes, se torna difícil acreditar que podemos encontrar pessoas reais para seguir na internet, que produzam conteúdo de forma transparente e conscientes da sua responsabilidade. Mais especificamente, mulheres reais, que empoderam outras mulheres através da sua honestidade e vulnerabilidade. Mas elas existem e é delas que irei falar: elas que têm levantado suas vozes nesse mundo de ilusões chamado “redes sociais” e mostrado que existe um poder em ser real.

Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco.
Produção e reportagens: Mariana Ferreira | Edição: Luiz Guedes e Jean Farias | Orientação: Andrea Trigueiro | Webdesign: Jota Bosco