
Em 1914, com medo de ser rejeitado pelos torcedores aristocráticos do Fluminense, o jogador passou pó de arroz sobre a pele negra. Durante a partida contra o América, porém, o suor fez a maquiagem escorrer e o disfarce ser descoberto. A partir desse episódio, torcedores de outros clubes cariocas passaram a chamar os apaixonados pelo Fluminense de “pó-de-arroz”, apelido que o time carrega até hoje.
As notícias da época davam conta de que a diretoria do Fluminense obrigava Carlos Alberto (1880–1938) a passar o pó de arroz antes das partidas. A justificativa seria a de que sua cor de pele chamava atenção quando vestia o uniforme branco. Além disso, muitos afirmavam que o jogador não teve grandes oportunidades na equipe por causa da sua raça. Contudo, o jogador já utilizava o pó de arroz antes de chegar ao clube das Laranjeiras. De 1911 a 1932, o Fluminense jogou exclusivamente com a camisa Tricolor, não tendo assim a camisa branca para “destoar” da cor de pele do atleta.