

Chamado de “Diamante Negro”, apelido que depois deu nome ao famoso chocolate da Lacta, Leônidas (1913–2004) foi um dos jogadores que conquistaram ascensão no início da profissionalização do futebol, em meados da década de 1930. Criador do gol de bicicleta e autor de 37 gols em 37 partidas pela seleção brasileira, o jogador está na memória de amantes de futebol até hoje, mesmo que poucos o tenham visto jogar.
Apesar de todo o talento com a bola nos pés, ele também não escapou da sanha racista que persiste até hoje no esporte. Era uma afronta que um jogador negro frequentasse espaços considerados de elite e fosse garoto-propaganda de diversas marcas.
Ao lançar o chocolate de mesmo nome, a Lacta viu a oportunidade de associar o produto ao artilheiro da Copa de 1938. Por 2 milhões de réis (aproximadamente R$ 2 mil hoje), Leônidas da Silva cedeu definitivamente à marca os direitos sobre o seu apelido.
Pelo sucesso dentro de campo, o ex-atacante também foi rosto de marcas como Kolynos, Emagrina, cigarros Sudan e teve uma linha de relógios que levava seu nome.