Marta é mãe de cinco filhos, quatro mulheres e um homem. Teve a primeira, Roberta, aos 18 anos, quando interrompeu os estudos para se casar. Com 31 anos, três anos depois de nascer o caçula Roberto, o ex-marido saiu de casa. Ela é do Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife, adora um samba regado a cerveja. Já passou por muito sofrimento na vida, mas nunca deixou de trabalhar para criar os filhos. Hoje, aos 70 anos, é avó de quatro netos e três netas, tem o maior orgulho da família e se considera uma pessoa feliz.
MAIS VULNERÁVEIS
Segundo pesquisa do Ibope, realizada em 2008 e sob encomenda da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata), as classes C e D são as mais vulneráveis à depressão.
O Conselho Científico da Abrata acredita que pessoas pobres sofrem mais com a depressão, em parte, por causa da falta de acesso a tratamentos adequados.
MAIS HORAS trabalhando
As mulheres brasileiras trabalham quase o dobro de horas que os homens nos afazeres domésticos e cuidados de parentes. Em função disso, muitas se sentem compelidas a buscarem ocupações que ofereçam uma jornada mais flexível.
Horas semanais dedicadas a cuidados de casa e parentes
Mulheres
Homens
Quando somam-se as jornadas de trabalho regular, mais as tarefas domésticas e cuidado de pessoas, as mulheres trabalham em média 3,1 horas a mais do que os homens: elas totalizam 53,3 horas semanais de trabalho, enquanto os homens, 50,2.
Fonte: IBGE
Passei uns três meses sem pagar [o aluguel da casa]. O proprietário veio e derrubou o banheiro. Fiquei com cinco crianças fazendo as necessidades fisiológicas nas casas [vizinhas] e tomando banho. Tinha vizinho que compreendia, mas tinha vizinho que se chateava.
família moreira
