jarda araújo

Carismática, inteligente e muito engajada. Jarda mora no Ibura, Zona Sul do Recife, tem 22 anos e estuda Serviço Social na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Divide o tempo entre o curso, o coletivo de juventude negra Cara Preta e o coletivo de pessoas trans Marcela Carvalho. Além disso, é estagiária no Espaço Trans do Hospital das Clínicas da UFPE. Gosta de compartilhar opiniões e trocar experiências, estando sempre aberta a diálogos. Levou alguns anos para perceber que nunca esteve errada sobre a sua identidade como travesti, mas, hoje, Jarda trilha os caminhos da vida que no fundo sempre desejou.

AGRESSÃO NA ESCOLA

mercado de trabalho

Estudantes trans muitas vezes se vêem forçados a seguirem estereótipos no ambiente acadêmico. Por essa razão, o preconceito e a falta de oportunidades fazem as pessoas trans desistirem de estudar. O grande problema é que essa situação reflete quando chegam ao mercado de trabalho, pois a falta de formação também interfere diretamente na busca pelo emprego.

A travestilidade é uma identidade majoritariamente negra e pobre. Entendendo esses processos que as travestis foram condicionadas socialmente, me identifico muito mais com a travestilidade.

o país que mais mata trans

De acordo com o relatório da ONG Transgender Europe (TGEu), o Brasil registrou 955 assassinatos de pessoas trans, entre 2008 e 2016. O número é três vezes maior do que o do segundo colocado, o México, onde foram contabilizadas 256 mortes no mesmo período. 

lado a lado