Angústia incerteza, agonia e dor. Muitos são os substantivos que podem tentar descrever o sentimento de uma família que possui um ente desaparecido. Muitos também são os Álvaros, Kamillys, Marias e Andrés, de diferentes idades e diversos lugares, que passam a ser lembrados por um fator comum, seu desaparecimento. A falta de respostas fez, muitas vezes, alguns de nossos entrevistados chorarem. Já outros, compartilharam aliviados qual é a sensação de ter encontrado seu familiar.
E foi graças a estas pessoas que pudemos por a prova o nosso exercício do jornalismo, que nada mais é do que ajudar o próximo. E como nunca é tarde para aprender, mesmo que já no último suspiro da vida acadêmica, entramos de cabeça na história de cada uma de nossas fontes.
Deste esforço interminável de cada personagem nasceu o nome “Na Peleja”, que nada mais é do que um sinônimo “nordestinês” para a palavra dificuldade. E foi assim, na peleja, que este site nasceu.
Nathália Guimarães: Agradeço a todos que nos receberam de braços abertos em suas casas. Foi um prazer entrevistar, aprender e ter a oportunidade de compartilhar cada relato. De coração, espero que este projeto possa dar uma nova esperança a todas as mães, tias, pais e filhos que estão procurando alguém.
Aos professores que nos ajudaram nesta jornada, meu sincero obrigada. À Gerson, Gordinho e ao professor Vlaudimir, que, pacientemente, nos ajudaram com nosso conteúdo multimídia. À Breno e Flávio, que construíram um site do jeito imaginávamos para nosso projeto. E, claro, ao nosso orientador e amigo Dario que, de maneira muito detalhista, contribuiu para que o Na Peleja nascesse. E, por fim, agradeço à minha dupla e companheira Priscila. Pois, assim como nossa amizade nasceu na faculdade, ela se tornou ainda mais forte durante a execução deste projeto.
Priscila D’arc: Os desafios foram muitos. Administrar a rotina diária com a responsabilidade de fazer um trabalho como esse não foi fácil. Com esse projeto trazíamos não só as nossas histórias, mas o cotidiano de outras pessoas que procuravam por respostas tanto quanto nós. Todas as vezes que finalizávamos uma matéria, era difícil começar outra, pois novamente iríamos topar com a sensação de estar invadido um sentimento que, mesmo parecendo imperceptível, estava ali no coração das mães, pais, tias e primos.
“A sensação de não saber onde possa estar é pior”. Muitas vezes ouvi essa frase, e ela foi o nosso grande desafio, tentar contar e explicar esse vazio inexplicável. Por muitas vezes desejei largar a câmera e abraçar a pessoa que chorava à minha frente. O contato com a história real foi o jornalismo feito na melhor forma possível. Ser testado quanto ser humano e futuro profissional me deu a certeza de ter feito o certo durante esses quatro anos de faculdade.
Por isso, agradeço imensamente as famílias que, cuidadosamente, abriram suas casas e mostraram o que havia sido guardado durante tanto tempo. Pessoas que dividiram alegrias e tristezas.
Agradeço também a minha amiga, irmã e companheira de trabalho, por estar comigo nesse desafio, pegando ônibus errados, viajando, se perdendo em lugares desconhecidos, dividindo as responsabilidades e o estresse (que foi só MEU). Por fim, aos profissionais que não nos faltaram: Gerson, Marcos, Gordinho, Vlau, Breno e Flávio. Dedico, por fim, esse trabalho ao meu orientador Dario, que foi a força e serenidade que nos colocou no caminho certo. Obrigada a todos.
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